O uso da computação em nuvem para soluções de negócio continua a crescer a cada ano, com as organizações colocando mais cargas de trabalho em nuvens e buscando estratégias de várias nuvens visando reduzir custos, ganhar agilidade e maior flexibilidade.
Porém, nem todas as implantações em nuvem oferecem esses benefícios. Muitas empresas através de seus líderes e equipes de TI enfrentam projetos de migração com falha porque movem aplicativos para a nuvem sem o planejamento correto, descobrindo que não funcionam tão bem lá como na estrutura local, o que força uma migração reversa.
Um estudo recente conduzido pela IHS Markit, uma provedora global de informações estratégicas com sede em Londres, descobriu que a maioria das empresas moveu um aplicativo baseado em nuvem de volta ao seu data center local, depois que não conseguiu obter retornos previstos.
Na pesquisa com 350 tomadores de decisão globais de TI, 74% relataram que haviam movido um aplicativo de volta para sua própria infraestrutura.
Quando as empresas repatriam cargas de trabalho, geralmente é uma indicação de que algo deu errado
Mover cargas de trabalho é oneroso e um grande risco para as empresas, de acordo com especialistas. Pode haver problemas de desempenho, exposição indevida da segurança e interrupções no trabalho, além de uma perda de recursos de TI e de negócios.
Por que as migrações falham
Antes de mover uma carga de trabalho ou aplicativo completo para a nuvem, faça um balanço dos desafios que você provavelmente encontrará que podem dificultar uma migração suave da nuvem.
Problemas e custos de desempenho subestimados
As empresas que tiram aplicativos da nuvem geralmente o fazem depois de descobrir que estão enfrentando problemas de latência ou maiores desafios de segurança e conformidade.
Algumas organizações encontram custos mais altos do que esperavam. Isso pode acontecer, por exemplo, porque o cálculo na nuvem costuma funcionar em pagamento pelo consumo, e algumas empresas podem dimensionar de maneira errada suas necessidades.
Alguns acham que não estão obtendo o tempo de atividade esperado do fornecedor da nuvem. Outros ainda enfrentam complexidades que desaceleram seus sistemas.
Aplicações e operações incompatíveis
Alguns sistemas de volume muito alto de processamento e armazenamento de dados possuem requisitos técnicos específicos e não funcionam bem na nuvem, a exemplo de bancos de dados transacionais de alto volume.
De fato, existem alguns aplicativos que não estão realmente conectados ao ambiente de nuvem. Eles têm mais conectividade e conversam com mais coisas do que se imaginava. Então, quando você passa por todos os saltos, links e segurança, as coisas se tornam muito mais lenta na nuvem do que se imaginava.
Saiba o que deve ir e o que deve ficar
Nem todo aplicativo pertence à nuvem. De fato, muitas vezes isso determina ser a principal causa de falha na migração para a nuvem.
O problema começa com a decisão de simplesmente mover o aplicativo como era para a nuvem, sem um projeto de análise de impacto e risco, simplesmente realizando a migração direta.
Grande parte das vezes, as soluções consideradas legadas não estão prontas para uma arquitetura de nuvem. Elas não apresentam a elasticidade necessária para um ambiente virtualizado.
Além disso, o aplicativo conta com dados localizados em um data center, um fator que contribuiu para o fraco desempenho do aplicativo na nuvem.
Especialistas em TI apontam que esse é um cenário típico para os departamentos de tecnologia. A equipe de TI trata a nuvem como um data center virtual e não alteram suas operações ou procedimentos quando se deslocam para a nuvem. Daí surgem as principais falhas de migração.
Outro problema comum pode ser a alocação na nuvem errada. Muitas vezes, alguns aplicativos podem ser mais vantajosos e forem alocados em uma nuvem privada, seja por questão de custo, desempenho ou privacidade. Por isso, é importante avaliar esses tópicos e considerar um projeto de nuvem privada do que simplesmente migrar tudo para nuvens públicas.
A nuvem híbrida já se mostrou a melhor solução de longo prazo para as organizações, pois ela permite que as equipes de TI tenham o melhor dos dois mundos da nuvem: a facilidade e flexibilidade do ambiente público com o desempenho e privacidade do modelo privada.
A avaliação da arquitetura é crucial
O cenário de falhas de migração para a nuvem está mudando à medida que mais organizações ganham experiência em seus projetos.
Os especialistas em TI já estão vendo cada vez mais empresas fazendo um trabalho mais assertivo, avaliando melhor seus aplicativos locais para determinar quais podem ser movidos para a nuvem e executados com êxito, quais devem ser modernizados e movidos para a nuvem e quais devem ficar na arquitetura local.
Para ajudar a suavizar essas mudanças para a nuvem, as empresas devem avaliar rigorosamente os aplicativos para determinar o que pode ser mudado para a nuvem e quais precisavam ser otimizadas para a nuvem para fornecer os retornos esperados.
Em todas as migrações de carga de trabalho revisões de segurança, testes de código e outras análises sobre as aplicações devem ser realizadas antes de mapear o melhor caminho a seguir.
Além disso, investir em novas tecnologias, como ferramentas de automação e gerenciamento de API, são ações recomendadas para garantir migrações bem-sucedidas para a nuvem.
Sobre a Microsul
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